sexta-feira, 24 de maio de 2013

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE ANO C



Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Para sempre seja louvado!


Caros irmão e irmãs,

Hoje retornamos ao tempo que a Igreja chama de comum, não porque é menos importante que os outros, mas porque não se destaca apenas um aspecto da vida de Jesus (nascimento, morte ou ressurreição) mas o mistério de toda ela. Como é costume na liturgia, o tempo comum recomeça com a festa da Santíssima Trindade. Após celebrarmos a paixão, morte, ressurreição, ascensão do Senhor e a vinda do Espírito Santo, somos convidado a contemplar o grande mistério de Deus, que no cristianismo se revela como Pai, Filho e Espírito Santo. A humanidade, ou uma pessoa individualmente, pode chegar, através da sua busca da verdade e da bondade presente na criação e na história, ao conhecimento de que Deus existe e vale a pena entregar própria vida a ele. Mas esta busca nunca chegaria à conclusão que esse Deus uno é três pessoas. O mistério da Santíssima Trindade é o ápice da revelação divina e da fé cristã (cf. Compêndio do Catecismo, 237). Sendo um mistério, algo dele foi revelado, mas boa parte permanece escondido à nossa compreensão. A partir das leituras, vejamos o que podemos contemplar dele.

No evangelho, Jesus afirma que tem muitas coisas a dizer mas que os discípulos são incapazes de compreender agora. Será preciso que o Espírito Santo venha para conduzi-los ao entendimento das palavras do Mestre (“verdade plena”) que gera uma mudança de vida que liberta do pecado (“a verdade vos libertará”). Este Espírito não vai falar por si só, mas receberá tudo de Jesus que por sua vez recebeu tudo do Pai.
Na carta de s. Paulo aos Romanos, 2a leitura, contemplamos o mistério da Trindade sob a ótica da nova Aliança que Deus realiza conosco pela mediação de Jesus e pelo derramamento do Espírito Santo: “justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo” (5,1); “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (5,5). Para compreender estas palavras precisamos ler uma profecia de Jeremias: “Um dia chegará – oráculo do Senhor – quando hei de fazer uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá (...) Colocarei a minha lei no seu coração (...) serei o Deus deles, e eles, o meu povo (...) Do menor ao maior, todos me conhecerão. Já terei perdoado suas culpas, de seu pecado nunca mais me lembrarei” (Jr 31,31-34. Cf. Is 36,26-29).
Aquilo que Deus prometeu através de Jeremias, Jesus realizou pela sua morte e ressurreição e cada pessoa pode desfrutar dessa aliança nova através da fé em Cristo que perdoa os pecados e nos faz estar em paz com Deus, ou seja reconciliados com Ele. Esta fé conduz ao batismo e, com isso, se recebe o dom do Espírito Santo, garantia do amor de Deus.
O cristão é aquele que acredita que Jesus iniciou uma nova e definitiva aliança divina através de sua morte e ressurreição. Esta fé autêntica lhe conduz a uma entrega de toda a sua vida através do batismo, ou a uma renovação deste sacramento. Fé e batismo concedem ao fiel o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus, a paz verdadeira. Isso, porém, ainda não basta. O ser humano continua fraco, por isso o Pai e Jesus nos manda sua força, seu amor através do Espírito Santo, Espírito da verdade que nos conduz a uma compreensão das suas palavras e a uma mudança de vida que nos liberta de todas as amarras.

Como está sua fé e sua relação pessoal com a Santíssima Trindade?




Pe: Emilio Cesar Porto Cabral
Pároco da paroquia de Guaiuba - CE

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