terça-feira, 28 de maio de 2013

Curso - A Eucaristia na vida do cristão.


Introdução
Hoje iniciamos o nosso curso sobre a Eucaristia na vida do cristão.
Teremos uma palestra, um pequeno intervalo e, por fim, algumas questões práticas (perguntas, exercícios etc.);
É importante que quem souber escrever traga papel e caneta para anotar as coisas mais importantes e ajudar a fazer alguns exercícios práticos;

O Dia Santo
Por que o cristão católico precisa ir à missa todo domingo?
Terceiro mandamento da lei e Deus: guardar domingo e dias santos;
Leiamos a passagem do AT que falara disso:
8 Lembra-te de santificar o dia do sábado. 9 Trabalharás durante seis dias e farás todos os trabalhos, 10mas o sétimo dia é sábado, descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. 11 Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm;mas no sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou. (Ex 20,8-11).
Qual é o dia santo segundo esta passagem? Porquê? O que se faz nele?
Em outra passagem do AT que fala dos mandamentos se diz:
15 Lembra-te de que foste escravo no Egito, mas o Senhor teu Deus te tirou de lá com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus ordena que guardes o sábado. (Dt. 5,15)
 Por que se deve guardar o sábado?
O sábado serve para lembrar da aliança que Deus com seu povo no deserto libertando-o da escravidão do Egito;
O agir de Deus é o modelo do agir humano
Se Deus «descansou» no sétimo dia (Ex31, 17), o homem deve também «descansar» e deixai que os outros, sobretudo os pobres, «tomem fôlego» (84).
O sábado faz cessar os trabalhos quotidianos e concede uma folga. É um dia de protesto contra as servidões do trabalho e o culto do dinheiro (CIC 2172).
Por que os cristãos não guardam o sábado mas o domingo?

Domingo, dia do Senhor.
Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e alegremos-nos nele (Sl 118, 24)
Nós guardamos o domingo e não o sábado porque foi nele que Jesus Ressuscitou;Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana» (Mc 16, 2) (89). Enquanto «primeiro dia», o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto «oitavo dia», a seguir ao sábado (90), significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor (Hêkuriakêhêméra, dies dominica), o «Domingo»:
«Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia [após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia] em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, mas também porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia ressuscitou dos mortos» (91).
A celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. «O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito» (95) (CIC 2177);
A Tradição guarda a lembrança duma exortação sempre actual: «Vir cedo à igreja. aproximar-se do Senhor e confessar os próprios pecados, arrepender-se deles na oração [...], assistir à santa e divina liturgia, acabar a sua oração e não sair antes da despedida [...]. Muitas vezes o temos dito: este dia é-vos dado para a oração e o descanso. É o dia que o Senhor fez: nele exultemos e cantemos de alegria» (98).
«A paróquia é o lugar onde todos os fiéis podem reunir-se para a celebração dominical da Eucaristia.
A paróquia inicia o povo cristão na expressão normal da vida litúrgica e reúne-o nesta celebração; ensina a doutrina salvífica de Cristo; e pratica a caridade do Senhor em obras boas e fraternas (100):
«Podes também rezar em tua casa; mas não podes rezar aí como na igreja, onde muitos se reúnem, onde o grito é lançado a Deus de um só coração. [...] Há lá qualquer coisa mais: a união dos espíritos, a harmonia das almas, o laço da caridade, as orações dos sacerdotes» (101)
O mandamento da Igreja determina e precisa a lei do Senhor: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na missa» (102). 
Os fiéis têm obrigação de participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério (por exemplo, doença, obrigação de cuidar de crianças de peito) ou dispensados pelo seu pastor (104). Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave.
A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. 
«Se for impossível a participação na celebração eucarística por falta de ministro sagrado ou por outra causa grave, recomenda-se muito que os fiéis tomem parte na liturgia da Palavra, se a houver na igreja paroquial ou noutro lugar sagrado.
Domingo, dia de descanso.
Tal como Deus «repousou no sétimo dia, depois de todo o trabalho que realizara» (Gn2, 2), assim a vida humana é ritmada pelo trabalho e pelo repouso. A instituição do Dia do Senhor contribui para que todos gozem do tempo de descanso e lazer suficiente, que lhes permita cultivar a vida familiar, cultural, social e religiosa (106).
Aos domingos e outros dias festivos de preceito, os fiéis abstenham-se de trabalhos e negócios que impeçam o culto devido a Deus, a alegria própria do Dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia ou o devido repouso do espírito e do corpo (107).
Os cristãos que dispõem de tempos livres lembrem-se dos seus irmãos que têm as mesmas necessidades e os mesmos direitos, e não podem descansar por motivos de pobreza e de miséria.
O domingo é tradicionalmente consagrado, pela piedade cristã, às boas obras e aos serviços humildes dos doentes, enfermos e pessoas de idade.
Os cristãos também santificarão o domingo prestando à sua família e vizinhos tempo e cuidados difíceis de prestar nos outros dias da semana.

O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e de meditação, que favorecem o crescimento da vida interior e cristã.

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