terça-feira, 28 de maio de 2013

Curso - A Eucaristia na vida do cristão.

LITURGIA EUCARÍSTICA
Introdução

Na última ceia, Cristo institui o sacrifício eucarístico;
Cada celebração eucarística torna presente na Igreja o sacrifício da cruz;
Neste momento, o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo que o Senhor fez e entregou aos discípu­los para que o fizessem em sua memória.
Cristo, na verdade, tomou o pão e o cálice, deu graças, partiu o pão e deu-o a seus discípulos dizendo: "Tomai, comei, bebei; isto é o meu corpo; este é o cálice do meu sangue. Fazei isto em memória de mim“ (cf. Mt 26, 17-29; Mc 14, 12-25; Lc 22, 7-20 ; 1 Cor 11, 23-25).
Por isso a Igreja dispôs toda a cele­bração da liturgia eucarística em partes que correspondem às palavras e gestos de Cristo. De fato:

Partes da Liturgia Eucarística
Preparação dos dons: levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos;
Oração eucarística: rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação e as oferendas tornam-se corpo e sangue de Cristo;
Fração do pão e comunhão: os fiéis, embora muitos, recebem o corpo e o sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo como os apóstolos, das mãos do próprio Cristo.

Preparação dos dons
No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no corpo e sangue de Cristo.
Primeiramente, prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência.
A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar.
Também são recebidos dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a igreja; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.

Canto do ofertório
Acompanha a procissão das ofe­rendas e se prolonga pelo menos até que o padre tenha feito a purificação das mãos e retornado ao altar para dizer o oremos, ou até terminar a oferta do povo. O que acontecer por último;
Pode-se usar um cântico que tenha o conteúdo de alegria, partilha e generosidade ou então outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo litúrgico.
O canto pode sempre fazer parte dos ritos das ofe­rendas, mesmo sem a procissão dos dons. Quando acabar oofertório deve se concluir o canto;
O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas;
O sacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar para simbolizar que a oferta da Igreja e sua oração sobem qual incenso, á presença de Deus. 
Em seguida, o sacerdote (por causa do ministério sagrado), e o povo (em razão da dignidade batismal) podem ser incensados pelo diácono o ou por outro ministro.
O sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior (“Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me de meus pecados”).
    
                      Apresentação das oferendas
             Incensando as oferendas       Incensando o sacerdote          Incensando do altar      Purificação das mãos

Aprofundando
As principais ofertas são o pão e o vinho.
Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem e da mulher que trabalham. Oferecemos o fruto do nosso trabalho para que o Senhor transforme em corpo e sangue de Cristo.
As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. 
A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribuição para a Igreja (manutenção do culto, missão e obras sociais).
O sacerdote oferece o pão a Deus e coloca a hóstia sobre o corporal.
Depois prepara o vinho. Ele põe algumas gotas de água no vinho que simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós na missa, nos unimos a Cristo para formar um som corpo com Ele.
O celebrante lava as mãos: essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.

Oração sobre as oferendas
Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a oração eucarística com o convite aos fiéis a reza­rem com o sacerdote: “Orai irmão e irmãs...”
Após a resposta do povo (“Receba o Senhor esta oferenda...”) o sacerdote conclui com a oração sobre as oferendas.
Esta oração termina com a conclusão mais breve, isto é: Por Cristo, nosso Senhor
O povo, unindo-se à oração, a faz sua pela aclamação do Amém.

Oração eucarística
Inicia-se agora a oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e santificação.
O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comu­nidade.
O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício.
A oração eucarística exige que todos a ouçam respeitosamente e em silêncio.
Os principais elementos que compõem a oração eucarística são:
Ação de graças (expressa principalmente no Prefácio):             
 Osacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda a obra da salvação; ou por um dos seus aspectos, de acordo com o dia, a festividade ou o tempo;
Aclamação: toda a assembleia, unindo-se aos espíritos celestes, canta o santo. Esta aclamação, parte da própria oração eucarística, é proferida por todo o povo com o sacerdote;
Este é o grande canto da liturgia. Nele toda a assembléia une aos anjos e santos para proclamar as maravilhas do Deus uno e trino. É o primeiro canto em ordem de importância. Quanto possível seja cantado. É canto dos anjos (cf. Is 6,2-3). É também o canto dos homens (cf. Lc 19,38). Não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e os arcanjos para cantar a uma voz, e depois restringir a aclamação a um coral ou a um solista. Este é essencialmente um canto do povo. É importantíssima participação dos instrumentos para solenizar esta vibrante dação: SANTO, SANTO, SANTO!

Epiclese: oração que a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto é, se tornem o corpo e sangue de Cristo, e que a hóstia imacu­lada se torne a salvação a eles que vão recebê-la em comunhão;

Narrativa da instituição e consagração: pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última ceia, ao oferecer o seu corpo e sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério;

Anamnese: cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor através dos apóstolos, a Igreja faz a me­mória do próprio Cristo, relembrando principalmente a sua bem-aventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a ascensão aos céus;

Oblação: a Igreja, em particular a assembleia atualmente reunida, realizando esta memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A Igreja deseja, porém, que os fiéis não apenas ofereçam a hóstia ima­culada, mas aprendam a oferecer-se a si próprios e se aperfeiçoem, cada vez mais, pela mediação do Cristo, na união com Deus e com o próximo, para que finalmente Deus seja tudo em todos;

Intercessões: são pedidos feitos ao Pai por vivos e mortos . Este momento revela que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, e que a oblação é feita por ela e por todos os seus membros vivos e defuntos;

Doxologia final
Exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída pela aclamação Amém do povo que deve ser cantado com grande solenidade, pois constitui a conclusão de da oração eucarística.









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