segunda-feira, 18 de março de 2013

Por que sou católico? III


I Encontro


Escatologia final

O que significa rezar:

E de novo há de vir, em sua glória,para julgar os vivos e os mortos;e o seu reino não terá fim. (...) Espero a ressurreição dos mortos;E a vida do mundo que há de vir. Amém.
(Credo Niceno-Constantinopolitano)


Creio em Jesus Cristo (...) que está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. (...) Creio (...) na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.
(Credo Apostólico)






Vinda Gloriosa

      Creio na vinda gloriosa de Jesus

No Novo Testamento existem várias passagens que tratam da vinda gloriosa de Cristo e suas consequências:

·         1Ts 4,13-18;
·         Mt 24,1-31


1 Tessalonicenses 4,13-18

3Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança. 14Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que morreram em Jesus, Deus há de levá-los em sua companhia. 15Pois isto vos declaramos, segundo a palavra do Senhor: que os vivos, os que ainda estivermos aqui para a Vinda do Senhor, não passaremos à frente dos que morreram. 16Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17em seguida nós, os vivos que estivermos lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim, estaremos para sempre com o Senhor. 18Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.

          Está sentado à direita do Pai

·         Jesus Cristo subiu ao céu e está sentado à direita do Pai. Isso significa que ele foi glorificado e reina com o Pai;
·         Ele já reina sobre a criação, a história e a Igreja porque ele é a cabeça da Igreja;
·         Isso nos faz afirmar que Ele permanece misteriosamente sobre a terra, onde seu Reino já está presente como germe e início na Igreja.


      Abalo cósmico e vinda gloriosa

·         Ele, um dia, voltará em glória, mas não sabemos quando. Por isso, vivemos vigilantes, rezando: «Vem, Senhor» (Ap 22,20);
·         Após o último abalo cósmico deste mundo que passa, a vinda gloriosa de Cristo acontecerá com o triunfo definitivo de Deus na Parusia de Cristo e com o Juízo final. Assim se cumprirá o Reino de Deus.


    A grande tribulação (Mt 24)

1Saindo do Templo, Jesus caminhava e os discípulos se aproximaram dele para mostrar-lhe as construções do Templo. 2Ele disse-lhes: "Estais vendo tudo isto? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja demolida". 3Estando ele sentado no monte das Oliveiras, os discípulos se aproximaram dele, a sós, dizendo: "Dize-nos quando vai ser isso, e qual o sinal da tua Vinda e da consumação dos tempos". 4Jesus respondeu: "Atenção para que ninguém vos engane. 5Pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'O Cristo sou eu', e enganarão a muitos. 6Haveis de ouvir sobre guerras e rumores de guerras. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso que aconteçam, mas ainda não é o fim. 7Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino. E haverá fome e terremotos em todos os lugares. 8Tudo isso será o princípio das dores. " 9Nesse tempo, vos entregarão à tribulação e vos matarão, e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome. 10E então muitos ficarão escandalizados e se entregarão mutuamente e se odiarão uns aos outros. 11E surgirão falsos profetas em grande número e enganarão a muitos. 12E pelo crescimento da iniqüidade, o amor de muitos esfriará. 13Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. 14E este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro, como testemunho para todas as nações. E então virá o Fim. 15Quando, portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo — que o leitor entenda! — 16então, os que estiverem na Judéia fujam para as montanhas (...). 21Pois naquele tempo haverá uma grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais. 22E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria. Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. 23Então, se alguém vos disser: 'Olha o Cristo aqui!' ou 'ali!', não creiais. 24Pois hão de surgir falsos Cristos e falsos profetas, que apresentarão grandes sinais e prodígios de modo a enganar, se possível, até mesmo os eleitos. 25Eis que eu vo-lo predisse.




A provação última da Igreja

·         Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos fiéis (Mt 24,12).
·         A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra (Lc 21,12; Jo 15,19-20), porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade.
·         A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado (2Ts 2,4-12; 1Ts 5,2-3; 2Jo 7).
·         Esta impostura anticrística já se esboça no mundo, sempre que se pretende realizar na história a esperança messiânica, que não pode consumar-se senão para além dela, através do juízo escatológico.
·         O Reino não se consumará, pois, por um triunfo histórico da Igreja (Ap 13,8) segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal (Ap 20,7-10), que fará descer do céu a sua Esposa (Ap 21,2-4).
·         O triunfo de Deus sobre a revolta do mal tomará a forma de Juízo final (Ap 20,12), após o último abalo cósmico deste mundo passageiro (2Pd 3,12-13).


  Ressurreição da carne

·         Como Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim Ele próprio nos ressuscitará a todos no último dia, com um corpo incorruptível:
·         «os que tiverem feito o bem para uma ressurreição de vida, e os que tiverem feito o mal para uma ressurreição de condenação»;
·         Vejamos algumas passagens bíblicas:
8Então foram até Ele alguns saduceus — os quais dizem não existir ressurreição — e o interrogam: (...) 19 “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: Se alguém tiver irmão que morra deixando mulher sem filhos, tomará ele a viúva e suscitará descendência para o seu irmão. 20Havia sete irmãos. O primeiro tomou mulher e morreu sem deixar descendência. (...) 23Na ressurreição, quando ressuscitarem, de qual deles será a mulher? Pois que os sete a tiveram por mulher”. 24Jesus disse-lhes: “Não é por isso que errais, desconhecendo tanto as Escrituras como o poder de Deus? 25Pois quando ressuscitarem dos mortos, nem eles se casam, nem elas se dão em casamento, mas são como os anjos nos céus. 26Quanto aos mortos que hão de ressurgir, não lestes no livro de Moisés, no trecho sobre a sarça, como Deus lhe disse: Eu Sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó? 27Ora Ele não é Deus de mortos, mas sim de vivos. Errais muito!” (Mc 12, 8-27)

«Como é que alguns de entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé. (...) Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (1 Cor 15, 12-14.20).



    Como os mortos ressuscitam?

·         O que é ressuscitar? Na morte, separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, enquanto a sua alma vai ao encontro de Deus, embora ficando à espera de se reunir ao seu corpo glorificado.
·         Deus, na sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-os às nossas almas pela virtude da ressurreição de Jesus.
·         Como? Cristo ressuscitou com o seu próprio corpo: «Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo» (Lc 24, 39); mas não regressou a uma vida terrena.
·         De igual modo, n'Ele «todos ressuscitarão com o seu próprio corpo, com o corpo que agora têm» (575), mas esse corpo será «transformado em corpo glorioso»  (576) em «corpo espiritual» (1 Cor 15, 44)
·         Este «como» ultrapassa a nossa imaginação e o nosso entendimento; só na fé se torna acessível. Mas a nossa participação na Eucaristia dá-nos já um antegozo da transfiguração do nosso corpo, operada por Cristo:
·         «Assim como, depois de ter recebido a invocação de Deus, o pão que vem da terra deixa de ser pão ordinário e é Eucaristia, constituída por duas coisas, uma terrena, outra celeste, do mesmo modo os nossos corpos, que participam na Eucaristia, já não são corruptíveis, pois têm a esperança da ressurreição» (S. Irineu, Ad. haer. 4,18,5).
·         Quando? Definitivamente o no último dia» (Jo 6, 39-40.44.54; 11, 24), «no fim do mundo» (578). Com efeito, a ressurreição dos mortos está intimamente associada à Parusia de Cristo:
«Ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro» (1 Ts 4, 16).


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