domingo, 31 de março de 2013

I DOMINGO DA PÁSCOA ANO C



Cristo ressuscitou, aleluia!
Sim, ressuscitou de verdade, aleluia!

Caros irmãos e irmãs,

Mudei a saudação do início da homilia. Tomei-a emprestada dos nossos irmãos católicos e ortodoxos do Oriente. Quando eles se encontram, a saudação costumeira é essa, assim como nossos avós diziam: “Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo” e o outro respondia: “Para sempre seja louvado”.
Cristo ressuscitou dos mortos. A alegria é tanta que esta verdade sai do nosso coração como um grito de alegria: Aleluia! A morte não pôde detê-lo, nossos pecados que o crucificaram não foram a última palavra. Mas vamos deixar que as leituras bíblicas coloquem luz e um pouco de ordem na nossa alegria.
Maria Madalena foi de madrugada ao sepulcro, provavelmente, para embalsamar o corpo do Mestre com óleos perfumados, ação que não tinha conseguido fazer antes devido à páscoa judaica. Chegando lá, viu que a pedra tinha sido tirada. Ficou desesperada e foi avisar os discípulos. Pedro e o Discípulo que Jesus amava correram para atestar o que ela tinha dito. Era verdade, Ele não estava mais ali. Alguém o tirou? Roubou seu corpo? – pensou Pedro. O Discípulo amado, ao entrar e ver as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha enrolado a cabeça de Jesus dobrado à parte, acreditou.  “Ele viu, e acreditou” (v. 8).
O Discípulo que Jesus amava representa o cristão autêntico, que reclina sobre o peito de Jesus e sonda seus mistérios mais profundos (cf. Jo 13,23); que está aos pés da cruz e recebe Maria como mãe (cf. Jo 19,25-27); que acredita que Jesus ressuscitou dos mortos só olhando o túmulo vazio e as faixas de linho. Podemos dizer que a Igreja apresenta esta passagem para que nós nos identifiquemos com ele, olhando os símbolos litúrgicos desta celebração (sequência, glória, aleluia, círio), e principalmente da vigília pascal (exulte, glória com sinos, círio ao lado da Palavra, as leituras da história da salvação, os sacramentos de iniciação etc.). Precisamos acreditar: Ele ressuscitou dos mortos! A liturgia é como os panos de linho e o túmulo vazio, que o discípulo amado consegue ler como sinais da ressurreição de Cristo. Ele ressuscitou de verdade, aleluia!
Esta alegria nos leva a testemunhar para outras pessoas o que aconteceu com Jesus, assim como fez Pedro na primeira leitura: “E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se (...) a nós que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos” (At 10,39-40). Lembremos que “eles o mataram” significa hoje os “pecadores o mataram”, especialmente os cristãos que mais frequentemente caem no pecado ou se deleitam no vício (cf. Compêndio do Catecismo, n. 117). Nós, pecadores, matamos Jesus, mas Deus o ressuscitou dos mortos, ou seja, a morte foi vencida e com ela a força do nosso pecado que crucificou o Senhor da vida. Somos novas criaturas porque morremos com Jesus para podermos viver como ressuscitados (cf. Col 3,1).
Agora não podemos nos calar: a boa nova que experimentamos em primeira pessoa precisa ser levada para nossas casas, trabalhos, lazeres. Gritem com a vida: Cristo ressuscitou dos mortos; Ele venceu a morte e o pecado! O meu pecado e o seu também. Ele deseja lhe dar uma vida nova; basta você crer nele, confiar e entregar toda sua vida. Então você vai experimentar o que significa viver como ressuscitado. Muitos de nossos irmãos que participam de grupo de catequese de adultos já estão experimentando isso e podem testemunhar para você como era a vida deles antes e como é hoje. Pergunte a eles. E vocês, irmãos da catequese, testemunhem o que tem acontecido neste caminho que estão trilhando.

Cristo ressuscitou, aleluia!


                                                                                       Pe. Emilio Cesar
                                                                                   Pároco de Guaiuba 

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