segunda-feira, 18 de março de 2013

Domingo de Ramos


Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

Caros irmão e irmãs,

Iniciamos com esta celebração a semana mais santa do ano litúrgico, aquela na qual contemplamos o mistério central da nossa fé: a paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos cristãos porque acreditamos que nosso Mestre e Senhor morreu e ressuscitou por nós e desejamos viver de acordo com essa fé.
Por isso, o verdadeiro católico não aproveita os dias de férias que teremos neste período só para descansar e viajar, esquecendo de celebrar sua fé em comunidade. Somos convidados pela Igreja a viver intensamente todos estes dias santos, a começar de hoje.
Esta missa é especial. Ela começa em uma capela ou lugar de reunião com a leitura do evangelho da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado como rei, o Messias tão esperado que iria trazer a paz do céu e a glória de Deus para o povo, oprimido pelo império romano.
Não precisamos explicar muitas coisas das leituras, apenas convidar todos os ouvintes a prestar atenção redobrada, acompanhar interiormente este mistério da vida do Senhor e tentar revivê-lo através dos sinais litúrgicos que iremos realizar.
Começaremos pela procissão alegre e festiva, com os ramos bentos, os cânticos alegres e as palmas de aclamação ao nosso Messias e rei. No evangelho que acabamos de ouvir, Jesus já disse que se nós não fizermos isso, as pedras irão fazer. Ao entrar na igreja, porém, mudamos o ritmo da música e o espírito que nos move. Iniciamos a contemplação da paixão do Senhor.
Bênção dos Ramos e procissão
Iniciemos a nossa procissão seguindo os passos de Jesus, como se estivéssemos em Jerusalém há dois mil anos atrás.
Paixão do Senhor
Ouvimos a narrativa da Paixão segundo Lucas. Na hora que Jesus entrega nas mãos do Pai o seu espírito e expira, todos nós nos ajoelhamos em silêncio. Silêncio de adoração, de contemplação da doação total, do amor incondicional de Deus por nós, manifestado na sua morte. Não podemos ouvir esta narrativa nos detendo apenas nos sofrimentos materiais, emocionais ou espirituais que o Mestre realmente sofreu. Precisamos ir além e contemplar o que estava atrás de tudo isso: o amor dele pelo Pai e por nós, sua obediência amorosa – “Ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,7-8).
Esta dedicação total de Jesus levou-lhe a pedir perdão por aqueles que o crucificavam: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem” (v. 34). Ele rezava não apenas por aqueles que tinham cravado os pregos em seus pulsos e pés, ou aqueles que o tinham flagelado ou insultado. Ele orou por todos os pecadores que o crucificaram, como diz o Catecismo: “Cada pecador (...) é realmente causa e instrumento dos sofrimentos do Redentor; a culpa maior têm aqueles, sobretudo se são cristãos, que mais frequentemente caem no pecado ou se deleitam nos vícios” (Compêndio do Catecismo, n. 117).
O amor de Jesus impulsionou-lhe a prometer ao malfeitor que reconheceu sua culpa e pediu clemência: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso” (v. 43). Isso também ele diz a cada um que faz a mesma oração: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no paraíso, lembra-te de mim que sou pecador.
Por que a morte de Jesus é diferente da morte de outros grandes homens que morreram por um ideal ou por amor a um povo (Sócrates, Ghandi, Luther King etc)? Por que Ele não morre apenas como homem, Ele morre como Filho de Deus. O Amor encarnado de Deus morre para nos dar a vida e nos fazer amor. É este amor total, incondicional, que nos conquista a salvação.


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